A partir de hoje, 1º de março, o diesel vendido nos postos de todo o país passa a contar com um percentual maior de biodiesel. Com a atualização, o teor do biocombustível passa de 12% para 14%. A medida foi aprovada em uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no ano passado.
A mistura terá nova atualização, em 1º de março de 2025, passando a ter 15% de biodiesel.
Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é importante e contribui para a descarbonização de um dos setores mais essenciais para o Brasil: o transporte de cargas rodoviário.
“A ampliação da mistura foi definida na primeira reunião do CNPE, logo no início da gestão do presidente Lula. Com isso, fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel”, detalhou Silveira.
Se o consumo de diesel se manter estável ao longo de 2024, o aumento no percentual de biodiesel vai evitar a importação de 2 bilhões de litros de diesel, e também poderá gerar até 14 mil empregos, com o aumento da demanda por oleaginosas, como a soja.
Estima-se que essa medida poderá reduzir os gastos com importação do derivado fóssil em R$ 7,2 bilhões, além de reduzir a capacidade ociosa das usinas instaladas. O aumento da demanda de matéria-prima, sobretudo da soja, será de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.