Como todos sabemos, a gestão de frotas é uma atividade delicada, técnica e desafiadora. Por isso, aproveitamos o momento para falar sobre um dos maiores riscos ao setor de transportes, que é o sinistro de cargas. Com isso em mente, reunimos tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
Aqui, você entenderá o que é um sinistro de carga, quais os principais tipos, como reagir a esse problema e, por último e mais importante, o que pode ser feito para evitar esse tipo de situação. Assim, você saberá o necessário para qualificar sua gestão, elevando a segurança das rotinas e a estabilidade da sua operação. Então, não perca tempo e acompanhe!
O que é um sinistro de carga?
Os sinistros são incidentes contemplados por uma apólice de seguro. Nos seguros automotivos, acidentes, furtos e uma série de outras situações podem configurar um sinistro contra o veículo. Já no setor logístico, o leque de coberturas é muito mais amplo, justamente pelo sinistro da carga, que costuma ser tão valiosa ou mais do que o próprio veículo que a transporta.
Geralmente, os sinistros ocorrem por imperícia, negligência ou eventualidade, tal como um acidente, roubo, furto ou afins. É por isso que existem apólices específicas para essa finalidade, tal como o Seguro de Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário. O objetivo de uma apólice como esta é oferecer segurança contra perdas parciais ou totais da carga.
Assim, além de contemplar situações em que a perda ocorre em função de furtos, roubos ou colisões, muitas dessas apólices também incluem proteção em cenários de estelionato, extorsão e apropriação indevida. Por isso, os seguros são soluções tão importantes para o transporte de cargas, pois garante proteção e previsibilidade para a operação.
Quais são os principais tipos de sinistro de carga?
Operar no transporte de cargas no Brasil é uma tarefa desafiadora e complicada. Além da volatilidade do preço dos combustíveis, também há a insegurança operacional, tanto de riscos como o roubo de cargas, quanto de esquemas, golpes e fraudes que fragilizam a operação. Por isso, é importante conhecer os diferentes tipos de sinistro — acompanhe!
Acidentes
Os acidentes podem ocorrer tanto por imperícia e negligência do condutor, quanto pelo simples acaso. Seja como for, é muito importante contar com uma apólice para proteger a carga pois, frequentemente, os acidentes resultam na perda total da carga, tanto por prejudicar os materiais quanto pela possibilidade de saque de uma carga tombada.
Roubo
O roubo de carga se configura sempre que uma carga desaparece entre o seu ponto de origem e o ponto de entrega. Aqui, é possível incluir tanto os saques, quanto roubos e sequestros de carga. Como pode imaginar, é uma situação extremamente prejudicial para a transportadora que, a depender das circunstâncias, pode perder reputação e confiabilidade no mercado.
Perda total ou perda parcial
Aqui, o critério é muito semelhante aos de perda total e parcial que incorrem sobre os veículos. Basicamente, se o prejuízo à carga corresponde a 75% ou mais de seu valor, é considerado perda total, e a seguradora indeniza o valor integral da carga segurada. Abaixo disso, a indenização é parcial e proporcional ao dano à carga segurada.
Outras situações
Aqui, falamos especificamente de casos em que o sinistro ocorre em função de esquemas, golpes, fraudes e práticas estelionatárias em geral. Muitas vezes, o sinistro pode iniciar como uma situação de acidente mas, após vistoria, inspeção, investigação e análise, descobre-se um esquema que, naturalmente, gera prejuízos e constrangimentos para a empresa.
Como proceder em sinistros de roubo de carga?
Independentemente do tipo do sinistro, é importante entender que boa parte da resolução é estabelecida com a própria seguradora. O primeiro passo a ser tomado é comunicar a seguradora responsável pela proteção da sua carga e também do veículo da frota. É a partir disso que é possível trabalhar a elucidação e resolução do problema.
A reguladora, inclusive, é a instituição responsável pela vistoria inicial, tanto do veículo quanto da carga. Essa etapa tem dois objetivos muito importantes: diagnosticar a extensão dos danos e coletar uma observação crua, técnica e transparente da situação, colhendo depoimentos e todo tipo de evidência que possa enriquecer a investigação do caso.
Após essa vistoria preliminar, é a seguradora que entra em ação, orientando o gestor da frota sobre os procedimentos necessários para seguir com o processo e gerar a indenização. Geralmente, é exigido uma bateria de documentos relativos à carga, ao condutor, ao veículo, à operação e à transportadora responsável.
É muito importante ser ágil na disponibilização desses documentos, pois isso está diretamente ligado à velocidade de receber a indenização. Afinal de contas, o prazo tradicional de 30 dias para o pagamento só começa a correr depois de entregar esses documentos e atender as demais exigências da seguradora.
Entre os documentos, destacamos faturas, notas fiscais, cópia da apólice, boletim de ocorrência e por aí adiante. Naturalmente, a depender do tipo do sinistro, o andamento do processo pode ser mais ou menos rápido. Por isso, é muito importante ser prestativo na hora de atender às exigências da seguradora, garantindo a resolução mais ágil possível.
Como evitar sinistros de carga?
Da forma como percebemos, a melhor forma de evitar sinistros é adotar uma mentalidade preventiva. Primeiro, capacitando os seus motoristas em conceitos e técnicas como a direção defensiva. Com esse tipo de condução, é possível reduzir a agressividade da direção, tornando a pilotagem mais suave, segura e econômica.
Inclusive, vale notar que a Scania é uma referência nesse sentido, oferecendo soluções como o Driver Services. Em segundo momento, é crucial investir em boas apólices de seguros. Por mais conscientes, capacitados e éticos que sejam os seus motoristas, o acaso pode acontecer. Com uma boa apólice, a gestão estanca seus prejuízos de maneira eficiente e preventiva.
Como pôde ver, a melhor forma de evitar o sinistro de carga é adotando um conjunto de boas práticas preventivas. Outro exemplo muito importante e funcional é uma boa roteirização. Ao planejar as rotas de maneira estratégica, considerando não apenas distância e autonomia, mas também segurança, é possível evitar regiões que são notórias pelo risco e vulnerabilidade.